



Meu nome é Vandecleya Moro — mas você pode me chamar de Van. Sou filha, esposa, mãe, advogada, gestora pública e, acima de tudo, uma mulher que decidiu transformar a própria dor em propósito. Por trás de cada capítulo deste livro, existe uma vida real. Uma história marcada por superação, fé e o desejo de fazer com que outras mulheres não apenas sobrevivam — mas vivam com dignidade, autonomia e respeito.
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Sou nordestina (apesar de ter nascido em Brasília, passei a primeira infância na Paraíba). Carrego no peito a coragem de quem veio de longe em busca de dias melhores. Cheguei ainda menina, acompanhada da minha mãe e do meu irmão. Tínhamos pouco — às vezes quase nada — mas havia amor, esperança e a força de quem sabe que Deus não desampara. Passamos por necessidades que deixaram marcas, mas também aprendemos o valor da solidariedade, da fé e das políticas públicas. Foram elas que, naquela época, abriram portas que ninguém mais abria. E eu nunca esqueci disso.
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Hoje sou casada com o meu amor de uma vida inteira — o Love, como gosto de chamá-lo — com quem compartilho mais de 27 anos de caminhada. Sou mãe do meu Príncipe, André, que já é homem feito, mas será pra sempre meu menino. Eles são minha maior inspiração.
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Minha fé é o meu alicerce. É nela que encontro forças nos dias difíceis, direção nos dias incertos e coragem todos os dias. Servir a Deus e às pessoas é o que dá sentido a tudo que faço.
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Na vida profissional, a advocacia me apresentou o direito. O serviço público me ensinou a cuidar de gente. E a política me mostrou que é possível transformar a realidade quando se trabalha com verdade, com amor e com foco em quem mais precisa. Descobri que política pública não é papel, não é discurso: é ação. É cuidado. É transformação.
Sempre senti que havia um chamado para cuidar de outras mulheres. E eu atendi esse chamado com todo o meu coração. Trabalho todos os dias por políticas que protejam, acolham e fortaleçam mulheres — especialmente aquelas que estão cansadas, feridas, desacreditadas. Porque eu sei o que é precisar de uma mão estendida. E sei o quanto isso pode mudar uma vida inteira.